quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bibliotecas inesquecíveis

Tenho uma gratidão ilimitada às bibliotecas, especialmente as públicas, porque foram elas que estabeleceram a ponte com as leituras feitas, sob o pêndulo da necessidade, oportunidade e encanto desta professora, outrora a estudante pobre de recursos que entrava - e ainda frequenta - esse tipo de espaço público para consultar e emprestar livros, ler os periódicos, ali disponíveis nas prateleiras.

A poderosa Biblioteca Central Cesar Lattes permite ao estudante da Unicamp incalculáveis informações - Campinas(SP), jul 2010
Você as conhece? - Busquei no meu arquivo de fotos alguns registros de bibliotecas, caríssimo. Nelas estive e continuo à vontade, por isso não dou crédito a quem alega não poder aumentar os seus informes pelo fato de não contar com recursos financeiros para adquirir livros. A possibilidade de empréstimo ou de leitura local é o contraponto absoluto à preguiça de explorar devidamente a sua condição de estudante e cidadão.

Com saudade e emoção visitei a Biblioteca Prof. Joel Martins,  lugar de pesquisa e projeções intensas - Unicamp, Faculdade de Educação, jul. 2010
Frequenta, colabora, indica - Aliás, você costuma visitar, contribuir e indicar a regular utilização dos acervos desse espaços de cultura? Eu adoro a Biblioteca Pública do Paraná e costumo divulgá-la junto aos meus alunos, jovens residentes em Curitiba, mas que nem sempre conhecem as possibilidades oferecidas ao usuário. Muitos nunca entraram lá. Lamentável constatação, inclusive quando o estudante é da escola pública.

Situada no centro da capital a Biblioteca Pública do Paraná é um providencial espaço público à informação e pesquisa de estudantes- Curitiba,  julho de 2010
Salve, salve a boa ideia ! - A feliz ideia de um administrador público paranaense ao erguer bibliotecas públicas nos bairros da capital é merecedora de aplausos continuados. Nos passeios que faço o registro dos Faróis do Saber são feitos com incontido prazer; infelizmente, o vandalismo - esta praga que esmorece a ideia de conservação do bem público -  aparece aqui e ali. Cabe aos moradores das redondezas zelar pelo benefício cultural ali encontrado, mas ainda falta muito às pessoas no que diz respeito à noção do bem público, que espalha benefícios a todos, mas exige a contrapartida efetiva. 

Como pode alguém pichar um Farol do Saber? Que punição merece um vândalo do bem público? - Curitiba, 2010


Compartilhe  - Que tal relatar as suas experiências de leitor  e usuário de bibliotecas públicas? Para reativar as suas lembranças sugiro a leitura do excelente livro Herdando uma Biblioteca, do Miguel Sanches Neto. Outra sugestão também é conhecer o blog que ele disponibilizou aos leitores.

Afazeres - O resto do dia, após o  meu almoço,  será de atendimento aos meus alunos; obrigada pela leitura e quem sabe pelo comentário, porque blogueiro gosta muito de avistar a presença efetiva do interlocutor. Não nego; eu adoro!

Até a próxima!

8 comentários:

  1. Adquiri o hábito da leitura depois de maduro.
    Confesso, uma biblioteca interessante poderia ter feito a diferença.

    Suas fotos de Curitiba, generosamente aqui mostradas, fazem mais pela imagem de sua cidade (sim, sua!) do que todas as propagandas que a Prefeitura pudesse fazer.


    Obrigado!

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  2. Há tanto de generoso em uma biblioteca pública, Alex; quando mudei para Curitiba em 1992 foi dentro da Biblioteca Pública do Paraná que encontrei a receptividade ao migrante, ainda sem amigos. O espaço acolhedor, imponente e seguro apontou a esta professora que bibliotecas são como quintais da nossa casa: familiares espaços. Foi assim que começou aqui a minha história com as bibliotecas desta Curitiba.

    Obrigada pela leitura e comentário; a administração de qualquer cidade tem a obrigação de fazer o melhor pelo município, mas o cidadão também. Usufruir dos bens públicos é um direito, mas também um dever para com a preservação do que é de todos. Tão fácil, mas tão difícil de praticar, não é mesmo?

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  3. Olá. Eu não tenho o hábito de frequentar bibliotecas públicas, mas gosto d participar d projetos d doação d livros.
    Lindas as flores destacadas no post abaixo e que maravilha poder desfrutar de uma bela amoreira no jardim. Abs.

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  4. Que tal experimentar, Heloísa? Você mora no RJ? Pois eu adoraria receber uma foto panorâmica de uma biblioteca situada na capital carioca. Para conferir detalhes do interior você poderia entrar e observar detalhes sobre o mobiliário e questões de conforto ao usuário, hein?

    É bem legal saber que você participa de doações de livros; muita gente lê jornais e revistas no fim de semana e "encosta" esses periódicos. Lamentável atitude. Bem poderia deixá-los na portaria das bibliotecas, pois todas contam com seções exclusivas aos jornais e revistas. Há tantos leitores em busca desse material...; se duvidar do que comento aqui experimente observar, sempre às segundas-feiras, a corrida em busca dos classificados dos jornais. Pensará duas vezes antes de colocar o jornal ou a revista na lixeira.

    Fiquei alegre com a sua visita; é um prestígio e tanto contar com a sua leitura.

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  5. Nossa que legal a Biblioteca da Unicamp e a de Curitiba!Sempre que dava ia na Biblioteca Municipal daqui de Bauru, mas agora eles fecham antes das 18:00...incompatível com meus horários...:( Queria uma Biblioteca perto de casa que ficasse aberta um pouco mais tarde e que incentivasse as pessoas à leitura!

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  6. Pode parecer uma loucura, Marcelitta, mas penso que bibliotecas públicas deveriam ficar abertas 24 horas; o estabelecimento de um rodízio entre os funcionários e o pagamento de salário diferenciado no horário noturno fariam justiça aos reclamos trabalhalistas.

    Hospitais, igrejas, locadoras, postos de gasolina, supermercados, etc têm sempre grande demanda de público; quando estão fechados decepcionam. Você acha essa ideia, assim meio louca?

    Escreva uma carta à direção da biblioteca pública de Bauru com cópia para o prefeito, secretário de educação e coluna dos leitores do jornal mais lido; faça um reclamo acerca desse horário inviável. Será sempre uma tentativa em prol do estabelecimento de um direito estudantil. Boa sorte; adorei o seu retorno ao Na Mira e ao Twitter.

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  7. Até porque, Alex, a propaganda feita pela Doralice é honesta, já quanto às das prefeituras tenho minhas dúvidas.Quanto aos vândalos, falta-lhes a percepção de que "público" é de todos e é pago por todos, inclusive por eles.

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  8. Agradeço a expressão de confiança, Adhemar, além da simpática postura interativa mantida com os demais leitores, pois já acompanhei as suas conversas com a Marcelitta, a Nidiane, o Onizes e agora com o Alex. Receba o meu abraço.

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