segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ao respeitável público

Você observou? Ninguém reparou, desde a última segunda-feira, na ausência da postagem exclusiva para vestibulandos? Programei editá-las semanalmente, mas diante do "pouco caso" começo a esmorecer. Hoje, mais uma vez, não escreverei para vestibas, mas ao leitor em geral.  Prossigo com uma história real. Quer conhecê-la?

Cancelado  - Gosto de trabalho voluntário e certa vez, talvez em 2005 ou 2006, programei uma oficina de leitura e escrita para crianças.  

Aproveitei o espaço físico da seção infantil da Biblioteca Pública do Paraná e acompanhei a ampla divulgação feita pelo Boletim Informativo dessa respeitável casa de cultura, mas tive que cancelar o programa, porque não apareceu ninguém interessado. Lamentável.

(Des)valorização - Você já reparou que há no ser humano uma reação curiosa: se o programa é pago o valor agregado ao evento sobe, mas  se a gratuidade é estabelecida os olofotes  queimados da indiferença aparecem. Ao contrário desse pouco caso na web mantenho há quase duas décadas os Encontros Marcados com a Redação (Arquivo GPO ) uma série de 15 aulas com direito ao melhor do meu trabalho. O atendimento é para grupos pequenos, mas há um custo para que cinco ou seis alunos usufruam da articulação  que estabeleço com a leitura e a escrita. São orientações para a vida, não apenas para um circunstancial vestibular. Raramente esses estudantes não são aprovados nos exames concorridos, porque descobrem ou aprimoram as condições diferenciadoras do texto bem escrito. No próximo dia 3 de agosto atenderei novos alunos em temporada do 2º semestre.

Fazer o quê? - Programei as mesmas orientações aqui neste Na Mira do Leitor, mas a indiferença está visível. Fazer o quê? Suspender a programação ou continuar, independente de público interessado? Aguardarei o seu comentário, prezado leitor.

Cardápio blogueiro: clique nos links aos blogs que nos acompanharão durante a semana. Gosto de diversificar essa atualização, porque  ela arregimenta maior qualidade à leitura aqui encontrada. Interaja também com os blogueiros responsáveis pela atualização dessas páginas. Faça o possível para deixar um comentário; uma frase breve, distinta e estimuladora realiza o percurso necessário à desejada interação.

Até a próxima!

2 comentários:

  1. Prezada Profª Doralice,
    já passei dos tempos de vestibulares. Meu objetivo aqui é só mesmo usufruir do seu aconchego, dando-nos oportunidade para essa gostosa interação. Se morasse em CBA certamente faria seu curso, porque aprender a escrever é coisa que nunca se completa. Ainda mais pra quem, como eu, saiu semi-analfabeto da escola e vem procurando melhorar com a vida.
    A maior falha das escolas seja, talvez, não deixar de nos ensinar, mas deixar de nos mostrar que temos algum talento pra alguma coisa.

    Hoje em dia, a multiplicação de blogs impõe, quase naturalmente, a escassez dos interlocutores frequentes. Infelizmente. Isso não deve desanimá-la.

    Se os vestibulandos, naturalmente pela idade e pelas exigências múltiplas e imediatas a que estão submetidos, não se interessam tanto pela interlocução livre, se eles ainda não conseguem ver a oportunidade que seu blog dá, num autêntico serviço voluntário, paciência.

    Como seus textos são tão agradáveis, ricos e criativos, pra não dizer a obviedade de que são muitíssimo bem escritos, talvez pudesse analisar a possibilidade de separar-se em duas, conforme o objetivo das publicações: a Doralice escritora, e a Doralice professora e orientadora. Talvez em dois blogs distintos.

    Em qualquer caso, escreva, escreva, dê vazão ao seu talento, que é enorme. Mesmo que poucos apareçam com comentários escritos.

    Raramente alguém que não sabe escrever tão bem como a sra. consegue ensinar bem redação. A sra., pelo que percebo, faz as duas coisas magistralmente.

    Mas o mundo, como sabemos, nem sempre reconhece seus talentos como merecem.

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  2. Obrigada pelas palavras animadoras, Alex; saiba que já mantive um blog exclusivo para as aulas de redação. Ganhou o nome de "Encontros Marcados com a Redação", extensão das minhas aulas, lá no curso. Quase não tinha público. Decidi, embora lamentando, fechar a banca; talvez possa reanimá-la, caso alguém busque a mercadoria. Receba o meu abraço feliz com a boa conversa aqui estabelecida.

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