Amplo registro arquitetônico - Costumo ir lém do registro fotográfico da imponência e do descaso das autoridades; penso na contribuição à pesquisa do colega professor Jarbas Novelino, porque na história da educação brasileira a arquitetura escolar antiga ou moderna reflete as intenções das administrações públicas: o respeito aos usuários do espaço escolar, o descaso às ótimas condições de trabalho didático, a falta de planejamento espacial ou a ideia feliz de perenidade e destaque ao espaço escolar . Sugiro, inclusive, se você também desejar entrar ao grupo, não hesite em fotografar as antigas e majestosas construções escolares, aí na cidade onde reside ou quando avistá-las em suas viagens, caro leitor. É a memória arquitetônica educacional rastreando boas/más ações das administrações do dinheiro público. Ofereça a sua contribuição.
A folhagem providencial encobre a feiúra e desarmonia do anexo ao Instituto de Educação do Pará - Belém, agosto, 2010 |
Quem autoriza? -Não sei se você já reparou na tendência das administrações públicas autorizarem a construção de verdadeiros monstrengos ao lado das antigas escolas públicas. O destaque acima está encoberto pelos frondosos galhos da mangueira, mas se você pudesse avistar, caríssimo, certamente também se perguntaria se a pessoa que assinou a construção desse anexo estava batento bem da cabeça.
Memória arquitetônica escolar -Não sei o que rege as ideias dos administradores e do setor que age na construção das novas escolas públicas, mas se eu fosse estudante de engenharia civil, arquitetura, pedagogia ou área correlata aos diversos materiais componentes do espaço escolar, ficaria mais atento ao desrespeito vigente. Academicamente há muito para pesquisar, advertir, comparar e compartilhar com a sociedade.
Voltarei ao assunto; muitos de nós costumamos passar em frente dessas construções e não nos sensibilizamos com a subtração vergonhosa do direito de avistá-las bem conservadas, alicerçando sentidos educacionais e reproduzindo lições de cuidosa atenção ao espaço escolar. Estive rapidamente nos últimos dias em Belém - e, sinceramente, não pude deixar de registrar a vergonhosa indiferença local ao centenário prédio do Instituto de Educação do Pará.
Até a próxima!
Prédio novo = superfaturamento, reforma anual = + superfaturamento.Somando-se à ânsia por emprego de vários profissionais, alguns que, por vezes, nem se dão ao trabalho de olhar os projetos antes de assinar entendemos o que "bate na cabeça" de quem é responsável pelas obras.E essas "belezas" ainda entram nas estatísticas das salas de aula construidas, esteticamente condenáveis, funcionalmente ineficazes, não serviriam nem para arquitetura de favelas!
ResponderExcluirOlá, aqui em SP vão constuir um novo estádio de futebol, uma moderna arena multiuso, mas com certeza terá dinheiro público e mais certeza ainda de sub faturamento..uma vergonha como diria Boris Casoy.
ResponderExcluirA desconfiança do cidadão, caros leitores Adhemar e valdir, deveria incomodar aos que administram os bens públicos, mas eles perderam o senso.
ResponderExcluirParabéns por seu trabalho e pelo que relatou sobre a negligência de belíssimas arquiteturas escolares.
ResponderExcluirO que vivemos atualmente é um desprezo pela história arquitetônica das nossas cidades. São Paulo passa por uma devastação e abandono sem precedentes.
Faço um trabalho tentado, pelo menos, guardar os registros fotográficos.
www.chega-de-demolir.blogspot.com
Abraços,
Fiquei alegre com a sua leitura e visita, Hélio; o assunto arquitetura escolar é apaixonante. Se a Claro deixar ainda hoje passarei pelo seu espaço virtual. A internet é uma beleza, quando nos afinizamos com os temas e deles fazemos uma ponte às convergências das ideias e ideais.
ResponderExcluirObrigada pela contribuição presente no seu comentário.