quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cadê os poemas exemplares? Sumiram dos jornais e dos cadernos escolares?

 
Meu jovem ex-aluno a treinar a redação em prosa - arq. pessoal



" Sonha e fala constantemente
todo homem, desse sonho ardente
que o faz lutar por atingir
um marco de ouro em seu porvir.
Seca e ressuge o mundo ao derredor:
o homem aguarda sempre um bem maior.
(...) "

Os versos acima são de Schiller e que Henriqueta Lisboa traduziu ao nosso idioma; eles estão contidos em Poema, título que o poeta alemão lhes ofereceu; foram retirados da Antologia de Poemas Para a Juventude, Ediouro, 2005, p. 110.

Dia após dia percorro com os olhos os jornais e as revistas e quase um nada de espaço é oferecido ao gênero poético. Então, como desejar que uma criança ou jovem estudante brasileiro tome o gosto pelos poemas?  Na minha escola de outrora, os versos de Schiller ou Bandeira ou mesmo o querido Quintana ganhavam as páginas do meu caderno e nele fazíamos cópia manuscrita, assim como a transposição linguística quando escrevíamos a nossa tentativa de interpretação em prosa. Hoje? Apenas aquele pacote indigesto de informações chega em avalanche aos que finalizam o último ano do ensino médio ou equivalente, mas lhes falta a familiaridade com o entendimento do verso ou mesmo da prosa literária.

Caso o leitor veja em caderno cultural do jornal da sua cidade um poema, qualquer um ali a ganhar espaço, por favor, indique-me a direção; quero parabenizar a chefia da editoria pela disseminação do gênero, mesmo sob a maré contrária da formação literária, suporte de qualificação à autonomia com o idioma e seus eficientes desdobramentos.

Até a próxima!

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