terça-feira, 13 de abril de 2010

Varredura do terreno político

O fato de acordar em paz e contar com o modesto conforto familiar não oblitera a minha atenção aos entristecedores acontecimentos que rondam a cabeça dos brasileiros. Alguns  de nós certamente seguimos olhando apenas para o próprio umbigo, mas outros desejam estender a mão para ajudar. Eu estendo os dedos sobre o teclado para  observar, destacar e redimensionar pequena ajuda, mas se articulada com outras mãos alcançará indiscutível ampliação. Leia mais, escreva mais, converse mais, prezado leitor.


Qualquer trabalho coletivo envolverá a disposição dos seus participantes. Limpar um terreno, um pequeno jardim, por exemplo. Se duas ou três pessoas colocam as mãos para tirar as ervas daninhas, podar o arvoredo, recolher o lixo e adubar as plantas logo a paisagem será alterada. Na varredura da sujeira política também deverá ser assim. Sem a mobilização popular para obstar a safadeza, a vilania escancarada, o oportunismo e o profisionalismo abraçado pelos políticos que descaradamente estão a pedir votos a situação continuará a mesma.



Não sei se você, prezado leitor, conhece alguém que mereça o seu voto incondicional para presidente. Sei que não há criatura perfeita, mas há certamente uma história de atitudes éticas que perpassam na vida de uma pessoa, seja esta candidata ou não. Estou de olho em todos os que já levantaram o dedinho para indicar que estão candidatos ao maior cargo político desta pátria querida, mas até agora ninguém fez os meus olhos brilharem com o entusiasmo dos grandes achados.


Crianças e jovens são carentes de direção; eu tenho uma filha de 14 anos de idade - e o  leitor talvez tenha até netos ou filhos com o título eleitoral na carteira. É urgente conversarmos com eles e puxarmos conversa diária no café, na hora das refeições e naqueles momentos propícios que a vida nos oferece para uma conversa de olho no olho.


Eu leio muito e nos útimos tempos, mais intensamente na web. Fico de olho no que escrevem os jovens e estou cada vez mais percebendo que uma onda de egocentrismo  está presente no que refletem. Não há mais destaque aos ideais coletivos. Sabe aquele ditado "Um por todos e todos por um?"- ele está ausente na rotina das novas gerações, porque também parece descartado do cotidiano dos que lhes deram a vida.




As imagens de tristeza e de desencanto que intencionalmente deixo hoje transparecer nesta postagem poderiam ser substituidas, caso optasse em centrar temática ligeira, descompromissada com a vida nacional. Momentos de alegria familiar, satisfações coletivas como a elevação dos índices da qualidade de vida das populações mais carentes têm espaço certamente na agenda brasileira, mas é preciso união, esforços coletivos - e o primeiro deles está em  orientar a limpeza do terreno político, concorda comigo, prezado leitor?  Trabalhemos, portanto.


Até a próxima ou siga-me aqui no Twitter.

2 comentários:

  1. Talvez o simbolismo da última imagem - bonita - queira deixar evidente que há esperança, ainda que pequena.O egocentrismo estimulado pela concorrência selvagem do mundo contemporâneo contrasta com a urgência por interação e troca de informações, ainda que superficiais e sem compromisso, entre os jovens.As ferramentas de comunicação atualmente são poderosíssimas, talvez falte-nos a linguagem adequada.Quanto ao voto ou apoio, há muito tempo não os dou incondicionalmente, pois penso que a confiança irrestrita causa deformações e leva ao autoritarismo.Um nome?Hoje diria Marina, mas nunca incondicionalmente, pois um administrador público não deve ter toda essa liberdade.

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