sexta-feira, 9 de abril de 2010

Irresponsabilidade ambiental

A vida de quem mora fora do RJ segue o fluxo rotineiro, não é mesmo? Aqui o frio curitibano avança. Os friorentos iguais a esta professora reclamam, mas nos acostumamos com as mudanças do clima. Entretanto, mesmo levando a rotina adiante é quase impossível não ficar indignada com a irresponsabilidade dos que sabiam dos riscos no morro do Bumba(RJ), mas deixaram que a ocupação da área tomasse representatividade.  Acompanhe. Desdobramentos informativos sobre irresponsabilidade ambiental, estão em Alerta sobre a tragédia foi dado em 2004 (Folha de SPaulo, 9/4/2010).


Penso que na rabeira da autorização da prefeitura outras instituições prestadorasde serviço também são responsáveis pela tragédia. As casas certamente eram providas de sistema de fornecimento de energia elétrica, serviço de água e talvez de tevê a cabo. Autorizada a ocupação de um espaço para moradia as pessoas criam  raízes, formam novas famílias e dão curso à vida em comunidade. Havia uma creche pública entre as edificações soterradas em Niterói. Quer maior prova de que um crime ambiental e humano aconteceu , sob o comando de irresponsáveis?



Eu gosto muito das palavras e do poder espetacular que elas carregam. Sabe a razão desse apaixonado sentimento, prezado leitor? Porque  elas estabelecem pontes interativas entre as pessoas, daí a responsabilidade no uso consciente do sigificado das expressões que hoje estão nas páginas dos jornais e na boca das pessoas. Muita gente lê, mas não sabe o que significa, por exemplo: ocupação desordenada, reassentamento de moradores, encostas, várzea, gás metano, sistema de alerta, chorume, nível de precipitação geológica,  interdição, evacuação de pessoas, defesa civil, mapa geodésico, plano antidesastre, entre outras.



Quer treinar a escrita? Leia as propostas abaixo e comente. Não deixe de ler o texto indicado acima na postagem, assim como acompanhar o apoio informativo oferecido pelos demais links; argumente.

1- Assessores e técnicos que perceberam o perigo  da ocupação do antigo lixão no morro do Bumba(RJ) -  e mesmo assim ficaram calados diante da iminente  tragédia - merecem ser responsabilizados criminalmente pelo conformismo diante do fato? O que você faria?


2- Você identifica na rua, na cidade ou região onde reside alguma situação de risco humano ou ambiental? O que tem feito para que soluções sejam encontradas?



Até a próxima - ou siga-me no Twitter!

3 comentários:

  1. Olá, O pior é que quem constroi num local desses, geralmente sabe do problema, mas não se importa, até que acontece tal tragedia, claro que nem todos tem condições de morar num local melhor, mas mesmo em Angra onde pessoa com mais condições financeiras, construiram num local altamente perigoso e nem por isso as pessoas deixaram de morar lá. Valdir Macenco

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  2. Como disse um geólogo, depois da tragédia na pousada Sankai, "você observa um morro e várias pedras na base desse morro, daí fica fácil imaginar que elas não brotaram ali e sim rolaram morro abaixo".Mais dia, menos dia, acontece o problema.No caso da ocupação de lugares potencialmente perigosos Valdir, e da resistência em sair por parte dos moradores, penso que haja pouca política social para acomodar essas pessoas em locais mais adequados, porém, como você bem citou, há quem tem a opção de sair e continua vivendo em risco.
    Apesar de tudo, as prioridades cariocas parecem ser a copa e a olimpíada, enquanto isso, a cidade derrete!

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  3. Ainda bem que vocês, Valdir e Junior, atentam aos variados componentes da questão: irresponsabilidade,imprevidência, políticas voltadas à moradia e o lero-lero do ano eleitoral e a famigerada olimpíada. Leram as manchetes de hoje nos grandes jornais nacionais? O Ministério Público vai cobrar as responsabilidades do governo diante das tragédias. Bom, mas se os que estão envolvidos na situação não ficarem espertos os manobreiros da política acharão uma brecha para trupudiar e enganar aos que conseguiram sobreviver ao deslizamento no RJ. Uma constatação da eficiência dessa cobrança seria conferir o que foi feito de fato diante das tragédias em SC. Alguém vê nos jornais esse confronto?

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