Encontrei a dupla juvenil ali na Av. N.Sra. da Luz- Curitiba, arq. pessoal |
Você costuma caminhar pelos arredores da sua casa ou faz trajetos mais distantes, leitor? Veja a reunião de imagens que fiz de pessoas caminhando nas ruas. Fiz uma seleção aleatória. São fotos feitas com a câmera do meu celular e mostram pontos diferentes de Curitiba. Caminho com frequência e mesmo dentro de um veículo exercito o olhar urbano com a ajuda da câmera do meu celular, sempre!
Caminhar é o hábito de locomoção mais barato que conheço e talvez o mais saudável, mas requer a disposição íntima determinada; muitas vezes entramos em um veículo sem necessidade. O esforço físico dispendido em caminhadas gera consequências agradáveis na rotina diária. No meu caso? É um meio oportuníssimo para olhar e conhecer a cidade.
Encontrei o jovem caminhando ali na região central da Alameda Presidente Taunay. - Curitiba, arq. pessoal |
Imaginemos se pelo menos 1 ou 2 pessoas fizerem registros de uma rua e compartilharem os dados fotográficos com legendas objetivas nas redes sociais? Aos poucos, a caixa de guardados que é a internet abrigará um mapeamento da cidade.
Andar pela curitibana Boca Maldita é um programa cheio de surpresas, invariavelmente- arq. pessoal |
Um dia, talvez, as nossas cidades e os nossos bairros consigam ser mapeados com as tintas da realidade, mas cabe ao cidadão atento o compartilhamento desses dados.
O trecho fotografado leva ao Parque Tanguá- arq. pessoal |
Até a próxima!
Muito boa a postagem.
ResponderExcluirSempre que posso caminho, observando o calçamento (ou a falta dele), o que mais tem me causado indignação é o tamanho reduzido dos passeios públicos, não só em minha cidade com em quase todas de SP.
Calçadas estreitas são herança da colonização lusitana, que julgava ser sinal de civilização e urbanismo o fracionamentos de imensas áreas.
A administração pública fracionava as áreas de acordo com suas tradições, isto é, apenas lotes exíguos, com pouca metragem e exigia a construção de edificações com sua fachada lindeira à via, a qual nunca era mais larga que doze passos (cerca de 10 metros), e anexada à edificação vizinha, como no bairro do 'chiado' em Lisboa.
Nossos colonizadores não aproveitaram as imensas extensões que o Brasil oferece, assim como os ingleses aproveitaram as grandes extensões de terras em todas as suas colônias ultramarinas.
Os portugueses sequer aproveitaram as boas ideias dos nativos, pois as ocas indígenas eram construídas com grande espaçamento regular entre si, gerando áreas de circulação comum, de insolação, de ventilação, possibilidade de ampliação, reservas de espaço para encontros e áreas de eventos.
Como bem relatou Rose Marie de Freycinet, que visitou o Brasil em 1817 em companhia de seu esposo e oficial da Marinha Francesa Louis Claude de Soulces de Freycinet, a bordo da corveta ‘Uranie’ e registrou em seus diários de viagem as impressões sobre um país pungente e agraciado com exuberante natureza: “Pena que um país tão lindo não seja colonizado por uma nação ativa e inteligente”. EDMUNDO, Luiz – Recordações do Rio Antigo – p.47-50; GOMES, Laurentino – 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil/ SP – Ed.Planeta, 2007.